Café Científico sobre Socioeducação debate projetos para adolescentes privados de liberdade

Realizado pela Escola do Sinase, encontro virtual teve participação de cerca de 70 profissionais do sistema socioeducativo em Sergipe

O Núcleo Estadual da Escola do Sinase (NEES/Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), vinculado à Fundação Renascer, realizou mais uma edição do “Café Científico sobre Socioeducação: Textos e Contextos”, na última semana. Desta vez, o espaço promoveu a 1ª Discussão Ampliada no novo modelo de “Círculos Formativos”, que visa debater ações nas unidades socioeducativas, começando pela Comunidade de Atendimento Socioeducativo Masculina (CASEM). O debate abordou o artigo científico “Projetos futuros de adolescentes privados de liberdade: implicações para o processo socioeducativo”. O Café Científico acontece quinzenalmente, através do Google Meet, e é voltado para os operadores do sistema socioeducativo das seis unidades em Sergipe, bem como para a sociedade em geral.

 

A apresentação da realidade da CASEM foi feita pela assistente social e técnica de referência da unidade, Maria Verônica Alves. “A unidade Casem dispõe de diversas atividades para desenvolvimento dos 61 socioeducandos. Assim que os adolescentes entram na unidade, fazem uma avaliação para saber o nível de escolaridade e os encaminhamos para a cursos profissionalizantes que construirão valores futuros para eles. Trabalhamos para ajudar na descoberta das potencialidades de cada adolescente. Isso é muito gratificante. Há também um engajamento e envolvimento de todos para a viabilização das atividades desenvolvidas, para que estes meninos se sintam capazes de enfrentar os desafios, quando retornarem ao convívio social”, disse a assistente social.

 

O evento também contou com a participação de Marcel Augusto Nunes, psicólogo e técnico de referência da Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidade, da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS). O psicólogo ressaltou que a articulação da rede de proteção ao adolescente nos municípios e a promoção de meios para capacitação são primordiais para ampliar os horizontes dos jovens. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) relata o quanto é importante capacitar os socioeducandos com cursos profissionalizantes. Nosso papel é sensibilizar a sociedade civil organizada para gerar oportunidades no mercado de trabalho”, enfatizou o psicólogo.

 

A coordenadora do núcleo estadual do Sinase, Vanessa Horácio, explica que o projeto “Círculos Formativos” é voltado à capacitação profissional e tem como ponto central a discussão ampliada com profissionais das unidades socioeducativas e público externo. “Hoje, foi abordada a realidade da unidade Casem, que mostrou todos os métodos profissionalizantes ofertados para os socioeducandos”, disse a coordenadora. Ao total, serão 18 encontros, sendo nove Cafés Científicos Ampliados e nove Cafés de Discussão Interna. Os participantes receberão certificado de capacitação.

Última atualização: 4 de maio de 2021 10:15.

Pular para o conteúdo