Governo de Sergipe disponibiliza cursos e formação na Casa de Atendimento Socioeducativa Masculina

A Casa de Atendimento Socioeducativa Masculina (Casem), localizada em Nossa Senhora do Socorro, atende atualmente, através da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, a 84 internos na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O direito à educação na instituição é garantido graças às parcerias entre os setores do Departamento de Educação (Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e Ensino Fundamental, Educação Profissional, além do Serviço de Educação em Direitos Humanos).

Além das aulas regulares, os jovens estão matriculados também na educação profissionalizante. São ofertados a eles os cursos de Informática Básica, Manutenção e Eletricista, no Centro Estadual de Educação Profissional Professora Neuzice Barreto, unidade escolar que fica vizinho ao Casem. “Isso não garante a eles apenas a ressocialização, mas também um futuro engajamento no mercado de trabalho e também um sucesso maior no transcorrer da sua carreira e na sua trajetória escolar”, afirma Vlademir Santos, coordenador do Seja.

Santos explica ainda que eles estão se engajando para a participação desses jovens no Exame Nacional de Certificação de Competência para Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PLL), que está com inscrições abertas entre os dias 8 e 19 de julho.

Além disso, existem dois jovens que estão em regime semiaberto matriculados no Encceja Regular. “Para esses, a gente está prevendo a oferta de revisões e também a possibilidade de aplicar dois simulados presenciais, com os quais eles irão poder se preparar melhor para concluir seus estudos”, ressalta Vlademir.

O Serviço de Educação em Direitos Humanos (SEDH) trabalha na perspectiva da defesa dos direitos humanos e do resgate à dignidade humana para esses jovens privados de liberdade. O Serviço promove formações destinadas aos professores para que exista maior sensibilidade no tratamento dos alunos, através da comunicação não violenta e da metodologia de mediação de conflitos.

“Nosso desafio é fazer com que eles saiam de lá sabendo que o mundo é difícil, mas que eles precisam interpretar esse mundo de forma crítica. É preciso explicar a eles que o conhecimento é libertador, mas é libertador do ponto de vista de que ele vai poder aprender a ler melhor e que ele pode fazer a leitura melhor do mundo”, explica Adriane Damascenas, coordenadora do SEDH.

O coordenador pedagógico da educação no Casem, Gilvan Rosa, afirmou que a educação tem transformado o ambiente da Casa. “Com a escola funcionando no Casem percebemos como os alunos estão participativos. Tem havido um crescimento bom entre eles. Nas aulas, todos têm melhorado também como pessoas”, conclui Gilvan.

Parcerias entre Secretarias

Devido à transferência para a Casem, em novembro de 2018, cerca de 35 adolescentes interromperam o processo de escolarização através do programa EJA (Educação de Jovens e Adultos) em que eles estavam matriculados, mas retornaram logo em seguida após uma reunião entre Secretarias do Governo de Sergipe, visando à conclusão das etapas escolares.

“A ressocialização por meio da educação é o objetivo principal da parceria entre as pastas da Educação e da Justiça para a aplicação dos exames supletivos e para a oferta da Educação de Jovens e Adultos. Além de ser uma forma de remissão da pena, a oportunidade de estudar enquanto interno e a certificação de conclusão dos estudos da educação básica fazem com que essas pessoas tenham uma perspectiva de mudança de vida ao deixarem o sistema prisional”, destaca Vlademir, coordenador da EJA.

 

Fonte: ANS

Última atualização: 12 de julho de 2019 10:14.

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